A queda em 15 posições do Brasil no relatório “Doing Business” 2020, divulgado no fim de outubro – que mostra que o Brasil foi da 109ª para a 124ª posição –, é um sinal de alerta. O resultado aponta que o País pode não conseguir ter um ambiente de negócios mais fácil e mais próximo ao de nações desenvolvidas. Isso porque o esforço para aumentar a competitividade e a produtividade ainda não é suficiente. A redução do tempo que é gasto com pagamento de impostos (184ª posição) ou com procedimentos para a expansão de uma empresa, como a obtenção de alvará de construção (170ª posição), são exemplos das dificuldades enfrentadas pelos empreendedores em território nacional.
Em entrevista à plataforma, em 2017, o atualmente membro senior do Policy Center for the New South e membro senior nao-residente de Brookings Institution, alem de ex-diretor-executivo e ex-vice presidente do Banco Mundial Otaviano Canuto aponta vários desses problemas e lembra ainda que sem uma modernização profunda nas questões ligadas ao empreendedorismo – combinada com infraestrutura –, o surgimento de novas empresas e a mudança de categoria de micros para pequenos ou médios negócios serão atravancados.