Fluxo de capital da China para a América Latina passa por metamorfose
Volumes menores, investimentos diretos e foco em novas tecnologias agora predominam
Volumes menores, investimentos diretos e foco em novas tecnologias agora predominam
A recuperação da América Latina depois da tempestade perfeita não deveria se limitar a um simples retorno aos níveis “medíocres” de crescimento do produto de antes da pandemia. Investimentos em infraestrutura verde, exploração de áreas de conectividade digital abertas com a pandemia, assim como uma melhora nos ambientes de negócios e na educação podem levar à inflexão rumo a padrões de crescimento mais resilientes, inclusivos e dinâmicos.
As enormes disparidades na disponibilidade de vacinas entre as economias avançadas e em desenvolvimento podem exacerbar o que o FMI chamou de “recuperações divergentes” - com terríveis consequências para a América Latina. Uma recuperação robusta nos Estados Unidos, União Europeia e China, embora amplamente benéfica para a economia global, esconde alguns riscos importantes para aqueles que ficam para trás. Uma recuperação pós-COVID bem-sucedida na América Latina deve ser definida como um ponto de inflexão para padrões de crescimento mais resilientes, inclusivos e produtivos.
A América Latina continua sendo o maior foco da pandemia global, atualmente respondendo por 41% das mortes globais após os aumentos nas fatalidades de covid-19 no Brasil, México e vários outros países da América Central e do Sul nos últimos meses. Por sua vez, os números das quedas do PIB no 2º trimestre de 2020 revelaram quão fortemente negativo foi o impacto da covid-19 nas economias da região. O quadro geral contém uma diversidade de condições entre os países e um desafio comum de evitar nova década perdida.
A guerra comercial entre os EUA e a China não favorece a América Latina
Mesmo do ponto de vista daquelas economias latino-americanas que obtiveram ganhos de curto prazo com a guerra comercial entre os EUA e a China, os efeitos negativos provavelmente superarão os positivos. A disputa entre as duas maiores economias do mundo nos leva a recordar o antigo provérbio suaíli: “Quando os elefantes lutam, a grama é pisada; quando os elefantes fazem amor, a grama é pisada!”
Os atuais descontos nos preços dos títulos argentinos sugerem estar já sendo precificado um calote. Os títulos de dívida pública de 100 anos, por exemplo, lançados como símbolo do entusiasmo em 2017, estavam quinta-feira sendo negociados a 42 centavos por dólar, enquanto títulos com maturação em 2021 tinham preços de 48 centavos por dólar.
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