Covid-19 submeteu a economia global a uma parada súbita, provocando choques de oferta e de demanda por onde tem passado. A partir de janeiro, país após país sofreu surtos do novo coronavírus, com cada um enfrentando choques epidemiológicos que levaram a choques econômico e financeiro como consequências.
Com que rapidez e intensidade as economias nacionais se recuperarão depois que a pandemia tiver passado? E quando isso vai acontecer? Isso dependerá do sucesso na contenção do coronavírus e das estratégias de saída, bem como da eficácia das políticas projetadas para lidar com os efeitos econômicos negativos do coronavírus.
O impacto do coronavírus na economia global se estenderá além de 2020. De acordo com as projeções do FMI em abril, PIBs per capita ao final de 2021 ainda deverão estar abaixo daqueles de dezembro de 2019.
Mercados emergentes e demais países em desenvolvimento, além de se defrontarem com dificuldades particulares para lidar com seus próprios surtos locais de coronavírus, sofreram choques adicionais do exterior. Pode-se dizer que, em seu caso, o novo coronavírus trouxe uma tempestade perfeita.
Pode-se antever uma economia global pós-coronavirus marcada por níveis mais altos de endividamento público e privado, aceleração em processos de digitalização e menos globalização.
Otaviano Canuto |
Revista Brasileira de Comércio Exterior Nº 143, Abril – junho de 2020
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